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5 de julho de 2016

Bagdad

A morte há muito que fez do Iraque um dos seus habitats naturais - mas não é aqui que ela pertence.
Cada vez que há um atentado, forcem-se a lidar com ele. Vejam fotos (sim, são chocantes). Vejam vídeos (sim, fazem chorar). Vejam os filhos que perdem os pais e os pais que perdem os filhos.
Obriguem-se a sentir este horror, para que nunca ignorem que ele existe.
Para que não sejam indiferentes a mortes. Para que nunca recebam essa notícia com naturalidade. Para que vos choque sempre. Para que não passe despercebida. Para que as pessoas não se tornem meros números num rodapé de telejornal. As pessoas não são números. São idosos, adultos, crianças. São muçulmanos, cristãos, ateus. São europeus, asiáticos, africanos. São ricos, pobres, assim-assim. São homossexuais, bissexuais, assexuais, heterossexuais, transexuais. São sírios, belgas, iraquianos, franceses. As pessoas são pessoas, qualquer que seja a parte do mundo em que morrem. São os obstáculos que ultrapassaram. São os sonhos que tinham. São o fim terrível e injusto que tiveram. Valem todas o mesmo. Não fiquem tristes só por algumas.
''For years now, we have become almost numb to the violence in Baghdad: Deadly car bombings there conjure up no hashtags, no Facebook profile pictures with the Iraqi flag, and no Western newspaper front pages of the victims' names and life stories, and they attract only muted global sympathy.''

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