Queria,
Que nós fossemos os companheiros da lua
Os eternos amigos da rua, crua
Como quando brincávamos à apanhada
E não aos sentimentos
Quando me apanhei neste momento,
Apercebi-me que já te sentia tanto, há tanto tempo
Queria,
Que nós
Não nos sentíssemos tão sós ao lado um do outro
continuar a ver tudo em ti, para além do louco
que tudo isto passasse de sufoco
a preenchimento do oco
no corpo, um do outro
Queria,
que não fossemos a personificação da solidão
que nos metamorfoseássemos
em futuros brilhantes
certezas constantes, alegrias pouco distantes
Queria,
ter tido a despedida,
brindar com uma ultima bebida
a chegada a novas
casas de partida
menos juntos, mais fortes
mais longe, sempre atentos
a minha pessoa errante,
o amor em ebulição,
a telepatia que nos consumia
e só se consumava
quando nos entregávamos
à discussão da nossa pele,
perto.
Queria, queria,
Que já tivesses abandonado a minha mesa de cabeceira
Que não fosses o poema antes de dormir
Queria deixar-te no teu canto,
Príncipe,
Nunca foste encantado,
Apenas e só errado
Quis a todo o custo um bocado,
Da história de encantar…
Esqueço os erros,
Transformo-os em versos
Passo-os pelas minhas feridas,
Para as manter vivas,
Para me manter viva…
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